Brasileiros votaram no Chega. Agora, líder do partido da direita radical diz que proporá ao Parlamento o fim do reagrupamento familiar

O Chega, partido da direita popular radical, venceu com boa margem as recentes eleições legislativas no Brasil, o que garantiu à agremiação um dos dois deputados com os quais se descolou do Partido Socialista (PS) e se tornou a segunda força da Assembleia da República de Portugal. Também em território português, brasileiros cadastrados pela Comissão Eleitoral despejaram muitos votos no Chega a despeito de todo o discurso do líder do partido, André Ventura, contra a imigração — sim, os brasileiros em Portugal são imigrantes.
Experiência artística tem como objetivo mostrar que tudo na Terra está conectado

Quem diria: nosso planeta tem um coração. Ou melhor, não exatamente um coração — mas algo que se assemelha aos seus batimentos. A imagem da Terra pulsando chegou até mim pelo LinkedIn, numa postagem que imediatamente capturou minha atenção. O vídeo, criado a partir de dados de satélite, é uma das coisas mais impressionantes que já vi. E o que seriam esses “batimentos”? Nada menos do que plantas absorvendo CO₂. Em outras palavras, nossa boa e velha fotossíntese.
Lauterpacht é responsável pelo conceito de “crimes contra a humanidade”, enquanto Lemkin criou o de “genocídio”

A cidade da Ucrânia a que hoje chamamos Lviv teve vários nomes — Lemberg, enquanto parte do Império Austro-húngaro; Lwów, denominação em polaco e a atual grafia, desde que foi anexada pela União Soviética, em 1939. É possível contar a história do longo século XX europeu a partir desta localidade. Uma história que se prolonga em forma de tragédia até aos nossos dias.
O que fazer quando todo mundo deve pra mesma pessoa…

Imagine que a União é aquela Vovozinha Rica da família, que empresta dinheiro pra todo mundo nas festas de fim de ano — e agora está cobrando. Mas ninguém tem como pagar. Estamos devendo 827,1 bilhões de reais para a velhinha. Sim, bilhões, com “b” de brasileiro preocupado. E aí vem a pergunta que ecoa dos botecos, praias e piscinas para os gabinetes mais charmosos de Brasília: o que fazer quando todo mundo deve pra mesma pessoa e ela também está com o nome sujo no Serasa moral?
O que fará Congresso em relação à incontinência fiscal do governo: nada

Em dezembro de 2022, após a aprovação da PEC da Transição, que elevou o teto para a despesa pública em R$ 145 bilhões, perguntei a um líder de um partido do Centrão o que o Congresso faria se o governo decidisse, do ponto de vista fiscal, “enfiar o pé na jaca”.
A sociedade brasileira está contaminada pela predisposição ao confronto

Fim de tarde em Vitória de Santo Antão, Rua XV de Novembro, acabara de fazer a revisão periódica da saúde bucal no consultório do meu pai. Lembro, pouco antes de sair, que ouvimos uma barulhenta discussão, entre dois homens, à beira de praticar a contravenção da “via de fatos”. As pessoas assistiam à cena entre curiosas e amedrontadas quando alguém sensato telefonou para a delegacia.
Eleger presidente da República, 27 governadores, 5.570 prefeitos e 60 mil vereadores numa única eleição

O tema é recorrente no Congresso Nacional: eleger presidente da República, 27 governadores, 5.570 prefeitos e 60 mil vereadores numa única eleição, que só ocorreria em um quinquênio, criando mandatos de 5 anos para todos os cargos eletivos, mantendo a reeleição para parlamentares (vereadores, deputados estaduais e federais), mas acabando com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. O eleitor aria a escolher, de uma só vez, os ocupantes de sete cargos diferentes.
Ex-presidente e demais acusados por tramar golpe de Estado serão interrogados e expostos ao escrutínio dos brasileiros

Os oito acusados do núcleo central da ação sobre tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, começam a ser interrogados no Supremo Tribunal Federal a partir das 14 horas desta segunda-feira. Ao contrário do que ocorreu nas oitivas das testemunhas, as sessões serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça. Há controvérsias sobre a decisão: por um lado, isso confere transparência ao processo, por outro, espetaculariza o julgamento, com holofotes disputados por todos – juízes, advogados e réus.
A história mostrou, uma vez mais, que alianças construídas sobre o narcisismo acabam sempre em tragédia ou farsa

Era inevitável, mas nem por isso deixou de ser menos revelador. A ruptura pública entre Donald Trump e Elon Musk, transmitida em direto e em modo “vale tudo” nas redes sociais, é o fim ruidoso de uma aliança tão funcional quanto tóxica. Enquanto durou, ambos ganhavam: Trump emprestava o Estado à fantasia messiânica de Musk; Musk dava ao trumpismo o selo de inovação e o capital de influência junto das elites digitais. Durou 136 dias. E, como em todas as histórias movidas por egos e vaidade, terminou em espetáculo.
Muita gente fugiu da ditadura de 64, época de pesadelos reais: tortura, prisão e morte. Agora o movimento se renova com outros argumento

A história é escrita por uma linha vadia e delirante. Ninguém tem o poder de antecipar o próximo capítulo. No Brasil dos anos de chumbo, os perseguidos da ditadura militar fugiam para as democracias liberais da Europa, onde apesar da dificuldade da falta de recursos conseguiam denunciar os malfeitos do regime. Era uma situação que incomodava o poder, em Brasília, porque os grandes jornais europeus, volta e meia, publicavam denúncias de torturas, censura e outras agressões à liberdade individual. Carlos Lacerda, quando ainda defendia os militares, disse numa entrevista em Paris que a democracia brasileira era igual ao casamento francês, sem sangue.
“Liberal” ou a ser quase um xingamento nos Estados Unidos

Algumas coisas só acontecem nos Estados Unidos. Onde mais um ricaço torraria sua fortuna distribuindo dinheiro para intelectuais conservadores ]combaterem as ideias de esquerda (“liberais”, no sentido que os americanos dão à palavra)?
O Fascismo não tem cor. É a ausência, o obscuro

A Democracia vem de ideias. Rousseau disse que a única maneira do homem fugir da “barbárie” é o “Contrato Social”, com representatividade e distribuição de renda, em objetivos não alcançados. E Marx preconizou o Socialismo, onde, na plenitude da igualdade social, o homem iria “caçar de manhã, pescar à tarde, criar gado à noite, e exercer a crítica após o jantar”, na utopia que nunca ocorreu. E quando os dois falham, surge o Fascismo, do Socialismo que não levou à igualdade, e da Democracia que não distribuiu renda.
A próxima era de conflitos será vencida ou perdida com softwares

O império contra-ataca. Donald Trump começou com um slogan de campanha política: MAGA (Make America Great Again). Mas o MAGA tornou-se mais do que um slogan. É o embrião da construção de uma nova ordem imaginada.
A cada dia, neste mundo violento, a segurança volta a ser a nossa maior preocupação

A cada dia, neste mundo violento, a segurança volta a ser a nossa maior preocupação, como no mundo primitivo, quando o homem vivia sob o medo de ser caçado, ele mesmo sendo um caçador, quando vivia trepando nas árvores para defender-se — por isso mesmo desenvolveu braços compridos.
Políticas tributárias recentes, adotadas no Brasil, estão minando a confiança, que já não era grande, dos contribuintes.

A histórica rejeição aos tributos pode ser mitigada por delicadas construções de elos de confiança e reciprocidade. A ruptura desses sensíveis elos estimula ações reativas, lícitas ou ilícitas, por parte dos contribuintes.