Participante de Quilos Mortais chegou a pesar 400 kg após sequestro
Após perder peso e recuperar a saúde, Marla McCants virou palestrante motivacional e ajuda outras mulheres vítimas de abuso
atualizado
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A história de Marla McCants é daquelas que parecem ficção. Mas é real — e com final de esperança. A norte-americana, que ficou conhecida por sua participação em My 600-lb Life (no Brasil, Quilos Mortais), chegou ao programa pesando mais de 360 kg. Estava acamada, totalmente dependente da filha para comer, se limpar e até respirar com segurança.
Mas o que a levou a esse ponto vai muito além da comida: ela foi sequestrada por um ex-namorado armado, e o trauma psicológico a empurrou para o confinamento e a compulsão alimentar. “Fiquei um ano com medo de sair de casa. A comida era meu único consolo”, revelou ela em entrevista na época do reality show.
A relação abusiva começou na juventude. Segundo Marla, ela foi sequestrada por seu ex, que não aceitava o fim do relacionamento. A experiência desencadeou uma reação em cadeia emocional: fobia social, insegurança, vergonha e perda do controle sobre o próprio corpo.
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Foi só quando sua saúde chegou ao limite que ela aceitou participar do reality show, comandado pelo médico iraniano Dr. Nowzaradan, especializado em casos de obesidade mórbida. Com acompanhamento nutricional rigoroso e, depois, uma cirurgia bariátrica, Marla começou a reverter o quadro que já era considerado irreversível.
O momento mais marcante do episódio foi quando, depois de anos sem andar, ela conseguiu se levantar da cama. Chorando, a filha comemorou o gesto simples como uma vitória de campeonato.
Marla terminou sua jornada no programa com uma perda de mais de 250 kg. E, o mais impressionante: seguiu emagrecendo depois das câmeras, tornando-se um dos casos mais bem-sucedidos da história do reality.
Hoje, ela atua como palestrante motivacional, ajuda outras mulheres vítimas de abuso e compartilha sua trajetória em redes sociais e eventos. Também faz parte de projetos sociais voltados para vítimas de traumas complexos e dependência alimentar.
“Não foi só emagrecer. Foi reaprender a viver”, costuma dizer.