Veja por que Marcola foi condenado a 330 anos e está preso há quase 26
Há mais de 9 mil dias seguidos atrás das grades, Marco Willians Camacho é um dos criminosos com a ficha mais extensa do país
atualizado
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Considerado um dos maiores bandidos do país, Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, tem apelido conhecido por boa parte da população. Mas, apesar do temor em torno de seu nome — tendo em vista ser o “número um” do Primeiro Comando da Capital (PCC) —, ainda há quem desconheça os crimes listados no histórico dele.
Hoje com 57 anos e preso atrás das grades da Penitenciária Federal de Brasília, Marcola começou a atuar no universo do crime logo cedo.
Detido há cerca de 9,5 mil dias seguidos, o líder do PCC foi algemado pela primeira vez em meados de 1990.
Resistente e obstinado, o criminoso nunca aceitou suas detenções. Ainda nos primeiros anos atrás das grades, ele teria tentado fugir da cadeia por, pelo menos, cinco vezes.
Entenda a condenação
Marcola cumpre pena de mais de 330 anos de prisão e está na lista de criminosos com condenações mais extensas do país.
Ele foi condenado por crimes como homicídio, tráfico de drogas, roubo a carros-fortes e a banco, roubo a mão armada e formação de quadrilha.
Relembre:
Marco Willians Camacho ficou órfão ainda na infância e vivia nas ruas. Começou cedo a “bater carteiras” e roubar toca-fitas de carro na região do Glicério, Zona Central de São Paulo.
Quando atingiu a maioridade, ele foi preso por roubo a banco, tendo ado pelo Carandiru e pelo anexo da Casa de Custódia de Taubaté. Em 1986, tocava o terror tomando carros de assalto nas avenidas das cidades em que ava.
Em um de seus crimes cinematográficos, Marcola participou, em 1999, de um assalto a banco em Cuiabá (MT). Na ação, o chefe do PCC fez, junto aos seus comparsas, funcionários de reféns e usou metralhadoras e granadas para roubar uma agência bancária.
Imparável, ele cometeu muitos dos crimes de sua ficha dentro da prisão. Sua maior condenação ocorreu em 2013, quando foi responsabilizado por oito homicídios ocorridos em 2001, durante rebelião na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru).
Ele também cumpre 29 anos de prisão após ser apontado como o mandante do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, em 14 de março de 2003, em Presidente Prudente. Em 2006, Marcola recebeu mais uma pena: 12 anos de prisão por ser acusado de formação de quadrilha.
Em outro julgamento, foram acrescentados mais 61 anos e 6 meses em sua condenação referentes a crimes ocorridos em maio de 2006, quando o Primeiro Comando da Capital matou agentes públicos e se rebelou em 71 presídios.
Em 2018, Marcola sentou no banco de réus mais uma vez. Foi condenado a mais 30 anos, acusado de liderar a célula “sintonia dos gravatas”, braço jurídico do PCC que, à época, era responsável por contratar advogados para defender os interesses da facção criminosa.
Sua condenação mais recente ocorreu em 2022. Foram atribuídos a Marcola mais 12 anos de prisão por mandar matar o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) Lincoln Gakiya e o chefe da Coordenadoria dos Presídios da Região Oeste do Estado (Croeste), Roberto Medina.
A condenação de 330 anos de prisão foi aplicada em diferentes julgamentos.